quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Disneyland... Na Terra dos Sonhos

   Depois de uns anos de espera eis que o sonho se concretiza! Com a "desculpa" do mano mais novo, embarcamos rumo a Paris, com o Rato mais famoso da história como objectivo.


   Planear a viagem não foi tão fácil como antecipámos. Começamos pelo site da Disneyland, procurando pacotes que nos oferecessem alguma vantagem. Apesar de termos conseguido por este meio um bilhete de 4 dias pelo preço de 3, as ofertas para alojamento e viagem não eram muito agradáveis (monetariamente), pelo que pusemos mãos à obra! Depois dos bilhetes para o parque concentramo-nos nas viagens. Com alguma pesquisa conseguimos encontrar voos em Low-Cost pela Ryanair, ida e volta, a um preço razoável, apesar de os horários não serem fantásticos. No entanto, estes eram directos, e os horários encaixavam na nossa disponibilidade, pelo que avançámos.
   Com viagens e parque assegurado, faltava o alojamento. Um rápida pesquisa no Booking permitiu encontrar vários hotéis próximos do parque a preços muito inferiores aos que são praticados nos hotéis que pertencem ao parque. Pusemos de lado sentimentalismos e escolhemos um hotel simples mas funcional nos arredores, a apenas duas estações de comboio de distância. Finalmente, asseguramos o transporte desde o aeroporto até ao parque através de um autocarro criado com esse mesmo objectivo. Não foi propriamente barato, mas foi extremamente útil e tornou a viagem bem mais simples.

   Depois de tudo preparado com a devida antecedência, eis que chega o grande dia. Levantar cedo, horas de viagem, carro, avião, autocarro e, finalmente, chegámos!  As malas ficaram sala de bagagem da estação de comboios em frente ao parque (muito mais económica do que antecipámos) e, livres como passarinhos, entrámos no mundo que povoa os sonhos de qualquer criança que já tenha assistido ao Clube Disney!


   Apesar das mais de duas décadas com que conto, tenho que confessar que fui a mais entusiasta ao chegar. A Disney é real! E a chegada, apesar do espetáculo que o parque nos proporciona com cenários detalhadamente planeados, é só o princípio.
   Dois parques, quatro dias, e foi uma azáfama conseguir percorrer tudo o que estes tinham para nos oferecer. Montanhas-russas que exploram todos os nossos sentidos, diversões variadíssimas para toda a família, sempre com aquele toque que nos apaixonou em toda a viagem: o detalhe!


   Sobre o parque mais recente, o "Walt Disney Studios", apenas um pequeno apontamento. Tendo visitado primeiro o parque mais antigo, as diferenças são marcantes. Este segundo parque parece ser, no geral, mais voltado para um público um pouco mais crescido (o que foi muito do nosso agrado), oferecendo diversões mais assustadoras e adrenérgicas, assim como a oportunidade de perceber como são criados algumas das cenas mais emocionantes do cinema, através de espetáculos como este:


   Quatro dias passaram num ápice. Passamos as longas horas da viagem de regresso num estado semi-adormecido, encolhidos pelo frio que nos perseguiu, mas com um sorriso no rosto. Ficaram por ver os vários espetáculos e paradas que estes parques oferecem e que, conscientemente decidimos perder. 
   Voltámos com uma ou outra souvenir mas com muitas gargalhadas na memória, entre os gritos que os momentos mais assustadores nos arrancaram. Brotam momentos hilariantes dos nossos lábios ao relatar a viagem a quem por cá ficou e ficámos com a certeza de que esta foi, sem dúvida, uma viagem que valeu a pena.

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Fim de Semana em Porto Côvo

   Tudo começou com uma destas caixas. Um presente sempre original (mais que não seja pela possibilidade de escolha), e que nos deixou com uma tarefa na mão - escolher!
   Com tantas possibilidades, restringimos a escolha a actividades que permitissem duas pessoas (queria-se uma experiência partilhada). E foi o mergulho, ao largo da ilha imortalizada por Rui Veloso, o que se revelou mais apetecível.
   Uma primeira vez para os dois, numa famosa praia que nunca tínhamos visitado - não conseguimos resistir!

   Conseguir reserva para a experiência não foi difícil - acabamos por ir numa altura pouco solicitada, o que facilitou a tarefa. Foi mais difícil decidirmo-nos pela estadia... Tendo em atenção o baixo orçamento disponível e a oferta que encontramos, acabamos por escolher ficar num dos parques de campismo da localidade, num chalé com quarto, cozinha, sala e casa de banho, e ainda por cima mesmo ao pé da praia Grande!


   Fizemos a viagem de carro, percorrendo estradas nacionais e aproveitando a beleza que tem para oferecer aquela parte da costa portuguesa. E perdemo-nos assim que chegamos. Ficamos surpreendidos com quão pequena é a povoação, apesar da construção activa do que pareciam ser vivendas de férias. Depois de algumas voltas infrutíferas, lá conseguimos dar com o parque de campismo.O dito chalé não era o sítio mais acolhedor onde já tínhamos ficado mas, sendo composto por uma pequena cozinha (o que nos permitiu economizar nas refeições), uma sala, uma casa de banho e um quarto, acabamos por concordar que ficamos muito bem servidos! Não perdemos muito tempo e fomos explorar a zona. Não sobrava muito do dia, por isso aproveitamos para nos deleitar com o que mais nos atraiu - as praias!


   Praias pequenas, luminosas e cheias de carácter. Ficamos pela beira-mar até perder noção do tempo... Eventualmente, tivemos que recolher ao nosso abrigo e aguardar por mais nos dias que se seguiam.
   Bem descansados, pequeno-almoço tomado, fomos em busca de quem nos levaria à aventura. Como seria de esperar numa pequena localidade, não foi difícil encontrar a escola de mergulho. Fomos recebidos com sorrisos e gargalhadas, e um à vontade acolhedor. Depois de nos trocarmos, sendo a totalidade do material necessário disponibilizado no local, embarcamos num pequeno barco a motor, enfrentando ondas e o cheiro forte de mar. Seguir instruções simples e deixar que a natureza nos delicie... Assim foi mergulhar ao largo da Ilha do Pessegueiro. Não é muito fácil manter o equilíbrio com uma grande bilha às costas mas, uma vez ultrapassado esse obstáculo, foi delicioso. Estar debaixo de água pode ser esmagador. Se o nosso consciente percebe onde se encontra, pode ser difícil manter a inconsciente necessidade de sobrevivência sob controlo. No entanto, não há nada que suplante estar lá, ver, sentir, fazer parte daquele pedaço de natureza tão bem escondido.
   Foram fantásticos os professores! Sem o à vontade e a confiança de ambos, esta seria uma tarefa mais complicada.


   E mais um dia passou, baptismo concluído, imaginação alimentada e músculos doridos... Foi bem vinda a cama que nos esperava.
   Conhecemos o centro de Porto Covo mesmo no fim da nossa estadia. Quando já não estranhávamos a ausência do bulício comercial, eis que nos deparamos com uma avenida simpática, recheada de artesãos e lojas de recordações, apesar da época menos propícia ao negócio. Deixamo-nos ficar e exploramos esta nova faceta. Apesar de ser simpático, ficamos um bocadinho desapontados com a vertente tão marcadamente turística desta freguesia, quase vazia aquando da nossa estadia mas, mesmo então, tão sedenta de mercado.


   Terminado o fim-de-semana, fizemos o regresso a casa com um sorriso nos lábios. Boas recordações levamos desta pequena aldeia à beira-mar edificada, ficando a vontade de voltar. Quem sabe, passar do baptismo ao curso, expandir horizontes com uns palmos de água sobre as costas. Serão planos para concretizar bem mais à frente, mas fica o gostinho por um mundo que descobrimos ao largo da ilha mais famosa do panorama musical português.

   A propósito, diz-se ilha do pessegueiro mas o seu nome vem de uma árvore plantada por um coração partido. Na realidade, o seu nome deriva do latim pisces, peixes, numa alusão ao centro pesqueiro romano que esta albergou. E esta, heim?